Permito desmoronar para Renascer

De que força nasce o leito do rio?
O que pensa-sente um bebé antes de nascer?
O que faz um pássaro voar pela primeira vez?

Os momentos de desmoronamento do lugar de conforto e segurança são dolorosos e assustadores.

Porém, simultaneamente, trazem em si a própria semente da esperança, que é condição de evolução, de Vida, de aprendizagem, de expansão.

Observa
A erosão da rocha.
A brecha da casca do ovo.
A pressão no nascimento.
O empurrão para fora do ninho.

O stress, a fricção, a pressão e a erosão fazem parte da vida. Estão ao serviço da vida. Estão presentes na natureza e em nós que somos também natureza.

Permitir que a dor exista, apazigua.
Aceitar o lugar de não saber e não controlar, aquieta.
Recordar que o melhor de ti ainda está por brotar, encoraja.

Desmoronar não representa apenas uma queda, uma perca, uma morte (psicológica, simbólica), Pode ser desafiante, assustador e é normal que te sintas insegura, ansiosa ou triste por ´perderes´esse lugar de conforto em ti e na vida.

Mas tal como o pinto que quebra a casca no momento de nascer, também nós, em momentos chava da nossa vida percisamos partir a casca para recomeçar, renascer ou simplesmente dar o próximo passo na nossa evolução.

Casca essa que é invisível aos olhos, não se mede nem se pesa. Sente-se apenas. Sente-se no aperto no peito, no peso às costas, na armadura que se veste, na falta de ânimo com a vida…

Estás presente para te sentir?
Permites-te escutar o que o te diz o coração e o teu corpo?

Abre-te para sentir.
Mesmo que isso te traga a necessidade de um movimento disruptivo na tua vida.

Quantas vezes precisamos desses movimentos para nos superar, redescobrir e renascer? Quantas vezes negamos a liberdade de nos
permitirmos mudar de direção, soltar a mochila pesada às costas e
começar de novo?

Sem o desmoronamento do velho conhecido como poderiamos renascer para manifestar o nosso maior devir?